A delicadeza é a maior expressão de força.
Onde os nutrientes da terra e da natureza, que emanam a
fecundação harmoniosa de tudo aquilo que o universo e a luz faz nascer e
recriar alimento e sentimento.
Um ideal cumprindo-se em cada amanhecer e pôr do sol. Os
filhos da terra e as mães sangrando a alma com lagrimas, e arvorecendo com teus
sorrisos e gestos de carinho e bondade.
A vida que não provoca ensaios, mais impõe sua realidade, as
caixas de músicas naturais como os pássaros e a correnteza da agua em sinfonia
com o vento que carrega o perfume de cada flor chamada mulher.
Onde a simplicidade é a autentica sofisticação, as vezes o
ronco de um trator nos manejos de mãos delicadas a operar arando a terra,
semeando o plantio colhendo os frutos de seu suor literalmente.
Mulheres que ordenham e manejam o gado, ao anoitecer
abençoam tua própria transpiração acariciando teus filhos, contemplam o canto
do galo ao amanhecer, o chimarrão como companheiro de meditação, o violão como
confidente de suas inspirações românticas.
Existe poesia em suas mãos na devoção do plantio, na devoção
da ordenha, ao regar com a abençoada agua que cada gota leva ao solo uma
esperança. Por vezes o sol ardente castiga teu coração, e o frio intenso lhe
causa o desejo de recolhimento.
E no final de uma jornada de trabalho, o acolhimento de sua família
seus filhos a notícia dos bons amigos.
A beleza que não está apenas no calo nas mãos e no esmalte
nas unhas, o batom nos lábios a flor sobre os cabelos.
Onde antes o arado e trator ordenha e cultivo era ocupado
apenas por mãos masculinas.
Ganhou se espaço quando mulheres de fibra e de coragem
ousaram demonstrar que com sua delicadeza a natureza se equilibra com toque de
carinho e respeito.
A força abundante vinda do coração.
Sinceridade nas palavras e nas intenções.
Pois somente aquela que tem o dom de gerar sabe a importância
do sagrado.
Daquilo que transcende do bruto ao delicado, e da paz que
reina entre mãe natureza e universo.
Agro mulheres a força que vem de dentro exteriorizando ao
mundo.
Por Nina Ratini De Carrillo